sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Caim" e Abel

Depois de me ter "deliciado" com a entrevista de Schaars, parece ter pegado moda a reincidência em entrevistas inteligentes, oriundas de alguns futebolistas.
Abel concedeu uma entrevista ao jornal O Jogo, onde aborda as mais diversas temáticas, desde as diferenças do Sporting das últimas épocas para o actual, o caso Artur Moraes ou os famosos 5-3 para a Taça de Portugal, entre outros.
Para lá de, também ele, elogiar a entrevista do holandês e reforçar o ineditismo da mesma, Abel vagueia por personalidades do universo sportinguista, elogiando a qualidade de Wolfswinkel, a bravura de Rinaudo, as qualidade de Capel ou o individualismo de Vukcevic.
Não embarcou em populismos e, descomplexadamente, refere que "...mentiria se dissesse que era sportinguista desde pequeno... Aprendi a gostar do Sporting. Ganhei laços afectivos, pois as minhas filhas nasceram quando eu jogava no clube. A mais velha, a Maria Inês, é sportinguista, e além do que vivi enquanto atleta, esses laços ligam-me mais do que a própria profissão".
Mais um exemplo para alguns que, a troco de pouco, vendem até a própria alma. 
Também compara os tempos conturbados das anteriores direcções, demarcando a actual pela competência e organização. Diz que isso é visível até de fora, e penso que todos nós, estando do lado de fora, podemos reiterar esta afirmação.
O anarquismo e incompetência dessas direcções cessantes foram os responsáveis pela saída de Moutinho, também ela abordada e criticada pelo ex-lateral sportinguista.
Resumindo, penso que é uma entrevista que enaltece as suas capacidades extra-futebol, e que  fazem dele um (ex)jogador a ser um pouco mais respeitado pelas nossas bandas.
Ao Abel, ex-atleta do Sporting, e sportinguista por afinidade, os maiores desejos de melhoras e sucesso para o que lhe resta, enquanto profissional. Não foi unânime com as nossas cores, como não é ninguém, mas de falta de brio e vontade, enquanto vestiu a nossa camisola,  não o podem acusar.
Como contraponto, Bojinov, que até agora ainda não justificou o esforço feito pela direcção sportinguista para o contratar, excepção feita a dois momentos no jogo com o Gil Vicente, vem dizer que sente falta de Itália, e do campeonato transalpino. Pois, eu também tenho saudade do Acosta, e quanto a isso nada a fazer.
Por acaso, até ao momento, não havia nada a apontar ao búlgaro, pois ainda não reclamou pela sua condição de suplente, ao invés de muitos eternos adeptos do banco. Perante perguntas nesse sentido, sempre foi muito profissional, e defendeu o grupo e o treinador mas, não cai bem ouvir dar a entender que está com o coração noutro lugar.
Espero que, rapidamente, justifique a sua condição de craque de modo a que, do campeonato que lhe é querido, alguém volte a sentir saudades dele.




4 comentários:

  1. O Bojinov não conhecia mais nenhuma realidade para além da italiana. Há pessoas que demoram mais tempo a adaptar-se a uma mudança... Espero é que ele responda dentro do campo, até agora tem parecido um bocado desconcentrado. vamos ver...

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  2. Eu até tenho admirado a sua paciência e, como refiro, nos momentos que tem sido chamado a... "depôr" :)...tem-se portado muito bem, e realça sempre o espírito de grupo e o ciclo vencedor. Nesta entrevista, dado que foi para meios de comunicação italianos, acabou por fugir um pouco do que tem sido hábito, mas quando se está no Sporting, deve-se saber que os meios portugueses tentarão apanhar qualquer descontentamento para se atirar ao clube. Mais do que me preocupar a sua inadaptação, foi a falta de empenhamento ( quando finalmente lhe é dada uma oportunidade, contra Angola) que foi deveras exasperante. SL

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  3. grande entrevista de um jogador q sempre ademirei pois para alem de ter jogado no grande sporting e um jogador da minha terra natal penafiel club q tambem gosto bastante como club da terra pois claro para ele tudo de bom um grande abraco de um sportinguista ferrenho

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  4. Concordo, caro anónimo. Apesar de momentos negativos no Sporting, não nos podemos esquecer que chegou a ser indiscutível no onze. Claro está que o que geralmente fica na memória das pessoas é a última imagem e Abel, como todos os outros, estiveram longe de honrar a camisola, com as fraquíssimas prestações dos dois últimos anos. Não era nem nunca foi um portento de técnica mas a raça sempre lá esteve. Fora do campo, acredito, pode ainda vir a ser melhor, pois denota personalidade. Abç

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