terça-feira, 22 de novembro de 2011

Manta curta

Quando, pela nossa parte, já começámos a contagem decrescente para o derby, parece que restam poucas dúvidas quanto ao onze a apresentar na Luz, diante do Benfica. O onze base do Sporting tem flutuado, talvez até demais, mas por razões que são alheias à vontade de Domingos, fruto das inúmeras lesões que têm assolado o plantel. 
Seria normal a gestão a efectuar, quando defrontámos o Famalicão, para a Taça de Portugal, contra o Vaslui, já qualificados na Liga Europa, ou até nalguma posição específica que fosse necessário gerir fisicamente um jogador, mas a rotação mais se tem assemelhado a um carrossel descontrolado.
Para o jogo que se aproxima, a dúvida que nos assola e provavelmente ao treinador do Sporting, invariavelmente, prende-se em quem deve recair a (árdua) tarefa de substituir Rinaudo.
Já o disse repetidas vezes que Rinaudo é insubstituível, no actual plantel do Sporting, pelo que resta encontrar a solução que menos prejudique a acção ofensiva, ou, ao invés, encontrar o jogador que mais equilíbrio defensivo promova. É que as duas valências, que o médio argentino traduz em campo, comprovadamente não há quem as faça.
É a eterna questão da manta ser curta. Se puxa muito para cima, fica com os pés de fora...e vice-versa.
Domingos tem insistido em André Santos, mas este tem insistido em exibições que desmotivam mais apostas de risco.
O triângulo Elias-Schaars-Matias, tentado contra o Leiria, foi um fiasco no capítulo da recuperação de bola, e andámos completamente aos papéis, mesmo tendo um onze mais ofensivo.
Dar a bola ao Benfica constitui um risco grande mas, pior que essa inevitabilidade, em certos períodos do jogo, é não a conseguir recuperar.
As duas soluções apresentadas já deram provas que não são fiáveis nesse campo, restando, no meu entender, a opção de risco de lançar Carriço para essa posição. O problema maior reside na capacidade técnica do jogador português, incapaz de deixar a bola jogável, depois de pôr ao serviço da equipa a sua capacidade de pressão e desarme.
Esta dúvida será desfeita em poucos dias, quando Domingos lançar a equipa em que acredita, e ficaremos a saber se o treinador do Sporting tirará algum coelho da cartola, ou se optará por algum destes modelos.
Seja qual for a fórmula, será a melhor desde que a vitória sorria para as nossas cores, e nos mantenha na corrida para o título.

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