domingo, 20 de novembro de 2011

VERDE, amarelos e vermelho

O Sporting ganhou. Esta é uma verdade insofismável e que se está a tornar um agradável hábito.
Já o disse noutras ocasiões que o gozo maior, como sportinguista, é a vitória do meu clube. Em segundo lugar, quando tal for possível, ganhar sustentado numa boa exibição.
Hoje posso dormir descansado pois o primeiro pressuposto foi conseguido, mas só a espaços posso encontrar motivos para um sorriso mais rasgado.
Apesar do jogo ter começado com uma supremacia leonina, os rápidos contra-ataques bracarenses já intuíam que não iria ser um jogo fácil.
A estrelinha da sorte esteve connosco, porque praticamente nas duas primeiras oportunidades construímos o resultado, e pusemo-nos a coberto de algum contratempo.
Em campo, durante a primeira parte, estiveram duas equipas que tentaram construir um futebol positivo, apesar de considerar que o Braga foi mais perigoso e acabou por dominar as diversas variantes do jogo. Uma terceira equipa, comandada por Jorge Sousa (que até considero o menos mau dos internacionais...pois anda ali a roçar o medíocre) quase que deitava por terra o labor dos jogadores.
Banalizou o cartão amarelo, como quem come um pires de amendoins, e se mantivesse o critério na segunda parte, o jogo dificilmente chegaria ao fim. No entanto, fechou os olhos às duas primeiras entradas à margem das leis, de jogadores bracarenses e, num ápice, aquando de uma falta de Wolfswinkel, decidiu que era o momento apropriado para intervir.
A segunda parte recomeçou mas o jogo continuava quase com sentido único, até que, numa perda de bola, Elias isola-se e obriga Elderson a cometer falta, e a ser mostrado o merecido vermelho.
Apesar deste contratempo, o Braga continuou a mandar no jogo, que refreou já quando as forças começaram a ceder, e os espaços concedidos permitiram-nos momentos de descompressão e jogadas perigosas de contra-ataque.
Pena que nos momentos de definição dos lances tenha havido, por regra, más decisões, sendo o momento de maior destaque um remate portentoso de Carrillo, à esquadra da baliza, após jogada individual.
Não trocaria esta vitória e exibição por um resultado sofrível com uma exibição de encher o olho, mas diria que a fase de construção de jogo, a capacidade de ter a bola, mesmo jogando em casa, deixa-me de algum modo preocupado.
Esperemos que o próximo jogo tenha um desfecho semelhante, de preferência com uma qualidade de jogo superior.
Porque não quero apontar o dedo a ninguém, alguns dos quais já estão martirizados com críticas, gostaria só de salientar um jogador por sector.
Rui Patrício, decisivo.
Onyewu, algo faltoso, mas preponderante em determinadas fases do jogo.
Elias, pêndulo do meio campo.
Capel, a gazua ofensiva.

O sorteio para os oitavos de final realiza-se na próxima 3ª feira, 22 de Novembro, às 12h00, e os encontros terão lugar a 04 de Dezembro.
Equipas apuradas:
- Liga (6):Sporting,Benfica,Académica, Marítimo, Olhanense, Nacional,
- Liga de Honra (6):Moreirense, Leixões, Belenenses, Estoril, Oliveirense, Desportivo das Aves.
- II Divisão (4):Tirsense, Mirandela, Torreense, Ribeira Brava

2 comentários:

  1. Como pode não destacar a exibição do Matias Fernandez, que foi de longe o melhor jogador do Sporting? Em relação à constituição preferia que o Domingos, colocasse o Matias no meio-campo (no seu lugar natural,fizesse recuar o Elias para trinco, retirando o André Santos (muito frágil) e entrando o Carrillo (jogador de enorme qualidade técnica e velocidade, apesar de jovem)

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  2. Obrigado pelo comentário. Pois, em relação ao Matias, que esteve em destaque no lance do 2º golo, para lá de outros apontamentos e, inclusivamente, enquanto durou fisicamente, em tarefas defensivas para as quais não está vocacionado, o facto é que só durou 60 min, e achei por bem destacar,num jogo na generalidade pouco conseguido, o jogador que teve uma maior preponderância no meio campo, e esse foi de longe Elias. No entanto, esta é uma mera opinião, e aceito que as haja diferentes. Inclusivamente, os propalados génios da bola, que escrevem para os jornais, conseguem ver coisas que mais ninguém vê,por isso, é normal haver leituras bastante diferentes do jogo. Em relação a André, apesar da opinião que tenho do jogador, não quero juntar-me ao rol de críticas, porque os tempos que se avizinham não será fáceis para ele. Numa posição mais adiantada, respaldado por Rinaudo, ele....e qualquer outro jogador poderiam ou passar despercebidos ou destacar-se. No lugar do argentino,para o qual não está talhado, vai estar constantemente sujeito a comparações, sempre desfavoráveis, porque parte do sucesso da equipa baseavam-se na posse de bola. A partir do momento em que perdemos Rinaudo,fosse contra o Leiria, contra o Braga...ou quem vier, a posse de bola passou a ser muito menor, ou quase inexistente, pois a labor de a recuperar cabia em exclusivo a Fito, que o fazia como ninguém em Portugal. SL

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