terça-feira, 31 de julho de 2012

A banhos

Como decerto terão reparado, os dois últimos dias foram de parca actividade no blogue.
Tal ficou a dever-se ao início do tão ansiado período de férias, que me levou para longe do Núcleo mas, felizmente, para perto da família.
Para quem gosta de ler algumas crónicas que por aqui se escrevem,  felizmente também tenho por perto um teclado, o que me permitirá ir tecendo as considerações que achar convenientes, desde que a temperatura da água não ultrapasse os 28 graus, pois nesse caso adiarei as vindas ao blogue até ficar mirrado.
Há blogues que entram em largos períodos de hibernação, mas com o calor que se faz sentir seria contranatura estar, nesta época do ano, sem escrever sobre o Sporting.
Hoje muitos seriam os temas a abordar e alguns deles, certamente, criarão raízes para os próximos dias mas, acabado de chegar, com as malas por desfazer e as saudades por matar, vou guardar energias para outro dia.
Claro que estarei atento ao desenrolar da novela “Quem é o doido que pega no Bojinov!!”, ao mais recente capítulo do “Estranho caso de Oguchi Onyewu”, bem como às incoerentes notícias de mais contratações para posições que deixaram de ser prioridade mas, de momento, vim somente justificar aos muitos que visitam diariamente a nossa página, esta curta mas penosa ausência.

domingo, 29 de julho de 2012

Em que ficamos?


Neste, como noutros blogues ou sítios de discussão da actualidade leonina, temos por base as publicações desportivas ou generalistas, o site do Sporting ou outras fontes leoninas.
Alguns são mais privilegiados com a origem dessas fontes e podem aceder a conteúdos exclusivos, ou confirmar determinadas notícias.
Quem, como nós, se limita a  comentar a informação que nos cai no colo, tem mais limitações na gestão dos conteúdos.
Por esta razão, somos por vezes levados a tecer considerações que podem basear-se somente em notícias de meios de comunicação que têm tantas ou menos certezas que alguns de nós.
Ontem, ao ler que o Sporting fez um negócio no valor de 8,5 milhões de euros com a transferência de Agostinho Cá e Edilino Ié para o Barcelona, fiquei mais uma vez sem saber até que ponto esta pode ser credível.
Bom seria que assim fosse, tal como muito mau seriam os 800 mil euros que vários jornais noticiaram como sendo o valor que o Sporting iria receber pela transacção dos mesmos jogadores para o Inter de Milão.
Agora...tal como nessas primeiras notícias, do Sporting nada sabemos e talvez seja assim que as coisas devam funcionar. No entanto, tal como há um par de meses atrás todos criticámos a venda a granel, muitos agora virão vangloriar-se por um negócio que seria de génio, só que o mais certo é que não irão haver dados oficiais por parte dos intervenientes.
Apesar de todos tecerem considerações acerca dos negócios, o certo é não sabermos mais que pequenos pormenores dos acordos, tal como só recentemente ficámos a saber que (alegadamente) Jeffren  ainda não tinha sido pago.
É também no contexto do jogador espanhol que surgem os números da venda de Cá e Ié para o Barça. De acordo com o Correio da Manhã (ora cá está um óptimo motivo para duvidar da notícia) dos 8,5 milhões que o Barcelona irá pagar (ou deverei dizer iria?? ) 3,5 milhões são para amortizar uma dívida, por valor idêntico, referentes à compra do passe do extremo espanhol, de origem venezuelana, ficando o remanescente como o valor a receber. Como diria o Eng. Guterres, é só fazer as contas!!
É curioso que o mesmo jornal dizia há bem pouco tempo, também sustentado em fontes credíveis, que a ida dos jogadores para o clube catalão serviria somente para saldar a dívida de Jéffren. 
No mínimo, uma das duas notícias do CM é falsa.
Voltando a pegar nas declarações proferidas pelo empresário de Agostinho Cá, em Março, há algumas razões para duvidar desta dádiva blaugrana: "Tem contrato com o Sporting até 2013 e ainda não chegou a acordo para a renovação. Acho que pode sair no final desta temporada. Preço? A cláusula de rescisão é de 20 milhões de euros mas, como falta um ano de contrato, penso que o negócio pode fazer-se por 1,5 ou 2 milhões de euros."
Pois bem, se já achava estranho que o Sporting transaccionasse Cá (mais Ié de bónus) por 800 mil, quando só o primeiro podia valer 2 milhões, agora não fico mais optimista... por não achar muito credível que o Barça vá "pagar" 8,5 por um atleta que valia 2 milhões e o tal Bónus (Ié) que nem tinha contrato profissional.
Provavelmente teremos que esperar que alguma fonte do Barcelona clarifique este negócio, pois de parte do Sporting dificilmente iremos ter dados concretos. Pode ser que assim fiquemos a saber se este é realmente o maior negócio da Academia ou se só serviu para saldar um dívida.
É que também foi graças aos negociantes do outro lado que ficámos a saber os pormenores do negócio Viola: “5 milhões de dólares (pouco mais de 4 milhões de euros) mas  ficamos com 10 por cento do passe, mais os 5 por cento respectivos à formação do jogador."
Sempre vai dando para sabermos com que linhas nos cosemos.



sábado, 28 de julho de 2012

Sporting - St. Étienne (directo)


É já daqui a menos de meia hora que o Sporting se vai apresentar aos seus sócios, adeptos e simpatizante, num jogo contra os franceses do St.Étienne.
Num dia que se quer de festa, de bom futebol e de uma vitória para animar as hostes nas bancadas e dos próprios artistas, não é esperada nenhuma surpresa porque essa, provavelmente a última, já está agendada para dia 9 de Agosto, com a provável chegada de Viola.
Isto de dar um rebuçado em dia de festa já não faz parte do protocolo moderno, pelo que todos ficamos à espera que enfiem uns quantos rebuçados na baliza do rival, e já ficamos satisfeitos.
Ao contrário de ficarmos com expectativas altas com o que falta até começo da época, pelos vistos teremos que ficar preocupados pois, como diz o Record "as saídas podem não ficar por aqui... isto, claro, se aparecerem as propostas certas.".
Como se pode constatar, esta afirmação vem na linha da célebre frase..." Se a minha avó tivesse rodas era um camião!!".
Enquanto os prezados jornalistas ficam então à espera que chegue a tal proposta, eu vou dedicar-me a visionar o jogo.
Podem seguir o desenrolar do jogo, a partir das 19.30 horas, na SportTv1 ou num dos links que a seguir disponibilizamos.



sexta-feira, 27 de julho de 2012

Hola Viola


Depois de ter sido confirmada a saída e do adiós a Matias Fernandez, e enquanto alguns ainda se recompõem da desilusão, a maioria vira já o olhar para o reforço da equipa, que deverá estar para breve.
Se tem sido regra que alguns reforços vindos da Europa tenham apanhado todos de surpresa (Wolfswinkel, Schaars ou Prajnic), já quando estes vêm da América do Sul parece não haver modo de conseguir manter o segredo e, deste modo, acautelar o negócio ou até prevenir ruído desnecessário se abortar tal tentativa.
Apesar de não gostar de comentar hipotéticos negócios, e preferir fazê-lo quando o jogador é um facto consumado, parece consensual que o avançado Viola deverá ser o alvo para o reforço do ataque do Sporting.
Logo à partida devo dizer que desconheço em absoluto o valor do jogador em causa, e que talvez até tenha dificuldade em distinguir a fotografia do atleta, se estiver acompanhada pela de Balotelli e Puyol, mas há várias considerações a tecer, mesmo com esta lacuna em termos de cultura futebolística.
Como é facilmente comprovável, e foi por diversas vezes abordado nestas páginas, o défice ofensivo do Sporting é gritante. O problema não é recente, e os números que já aqui apresentámos e são do conhecimento público são o espelho da dificuldade hereditária em fazer golos.
Somos um eterno candidato ao título que, salvo a anormal época de Jardel e a de Peseiro (e Liedson), ficamos sempre a uma distância enorme da equipa mais concretizadora. Não é possível ter qualquer ambição a nível de títulos quando andamos há largos anos a marcar quarenta e poucos golos no campeonato, e ficamos a 20 ou mais golos dos rivais. Há 2 anos, aliás, ficámos a quase 40 golos do campeão, e deste modo não há complot que justifique os insucessos.
Pois bem, a fazer fé nas notícias vindas da Argentina, preparamo-nos para tentar corrigir esta situação, e arranjar alternativa a Wolfswinkel num jogador que marcou 1 golo há duas épocas atrás e elevou esta marca para 5, na mais recente (juntando Apertura e Clausura).
As comparações são evitáveis mas por vezes ganham vida própria e teimam em saltar para as linhas que escrevemos.
O último reforço do actual campeão, equipa que marcou mais 22 golos que o Sporting na última época, apesar de não ser nenhum sobredotado marcou 19 golos nesta última época no México, números bem mais simpáticos, convenhamos.
Quanto a Viola e aos seus números, claro está que me podem dizer que Radamel Falcao era um goleador banal quando chegou ao Porto, com 15 golos em 36 jogos na Argentina mas, ser ponta-de-lança no Porto ganha outros contornos. Aliás, anormal a meu ver foi o colombiano ter mantido em Espanha  o nível exibido cá pelo burgo, ao contrário do que eu prognosticara.
Mais estranho será o jogador que poderá vir a vestir de verde dizer que até prefere jogar a extremo, e aí pode-se questionar se esta provável contratação tem objectivos a médio prazo, para a sucessão de algum dos que actualmente ainda percorrem as linhas, de verde e branco vestidos.
Ainda relativamente à capacidade concretizadora, é certo e sabido que esta não deve depender só do homem que por norma leva o 9. 
Messi e Ronaldo têm sido disso prova, e enquanto CR7 (46 golos) marcou mais que os seus colegas Benzema e Higuain juntos, já Messi (50) bateu todos os recordes deste mundo e do outro.
Ainda em relação ao craque argentino e ao Barça, recordar só que após a derrota por 4-0 do Santos perante o colosso catalão na final do Mundial de Clubes, o treinador brasileiro dizia que se alguma equipa jogasse no Brasil no esquema 4-6-0 seria crucificado. Pois bem, eu acho que por cá seria fuzilado, dada a preponderância táctica e valor que se dá ao ponta-de-lança.
Caso se confirme o negócio, ao contrário do que muita gente pretendia (onde me posso incluir) o avançado a contratar não será certamente para " retirar" ou lutar pelo espaço de Wolfswinkel, mas para lutar por um lugar à sombra no concorrido banco leonino.








quinta-feira, 26 de julho de 2012

Adiós??


Ao que tudo indica, Matias Fernandez vai sair do Sporting.
El Crá (o craque) ou Matigol (este não necessita tradução) são as suas alcunhas, e qualquer delas  suficiente para classificar a aura com que chegou a Alvalade.
O galardão de melhor jogador do ano da América do Sul, em 2006, fazia prever um jogador de eleição, e aquando da sua contratação todos correram para o Youtube para rever as suas façanhas, porque dos 3 anos passados posteriormente no Villarreal pouco havia para comprovar a sua qualidade.
À sua inadaptação a Espanha foram apontados vários factores, como a juventude, o treinador, a táctica utilizada...mas felizmente não se lembraram de apontar o idioma como causador do percurso pouco conseguido.
Na sua chegada a Portugal,apesar da equipa da época 2009/10 ser composta por atletas de qualidade duvidosa, a maior parte dos adeptos leoninos, com o seu habitual optimismo, achou que a valia de Matias seria suficiente para camuflar a mediocridade de Pongolle, Saleiro, Caicedo, Postiga, Angulo, Grimi, André Marques, Mexer ou Ricardo Baptista, só para citar de cor.
Talvez por esta razão irá provavelmente sair de Alvalade sem ter conquistado qualquer troféu, mesmo que na última época já tenha havido uma inversão de qualidade do plantel e tenha chegado a cheirar uma Taça mas, mais chateados estaremos todos nós, que sofremos muito mais com os desaires que alguns profissionais da bola. 
Escrever sobre Matias torna-se, por este motivo, uma actividade de risco, pois uma larga franja de adeptos tem um fraquinho pelo chileno.
Quando Matias, naquele jeito desengonçado, fazia um slalon por entre meia equipa adversária, os seus apaniguados vinham logo a correr para a net para esbofetear os críticos, mesmo que no final da proeza o jogador escorregasse ou visse o seu esforço terminar de forma inglória.
Qualquer passe bem calculado, remate intencional ou finta de corpo era logo sujeito à avaliação da Marktest sportinguista, que o seguia com particular atenção.
Mas tal como refiro os seus apoiantes incondicionais, também o posso fazer em relação aos seus menos numerosos críticos ferozes, sempre prontos a disparar quando El Crá batia os livres contra os joelhos dos jogadores da barreira, ou quando denotava menos vontade para ajudar em tarefas defensivas.
Aliás, foi já no legado Sá Pinto que pareceu mudar alguma dessa menor apetência a defender, e logo os seus fãs vieram a terreiro bradar a plenos pulmões " O homem agora até defende".
Pois bem, no meio desta pequena guerra estava eu...e mais uns quantos, pois queria só que o Sporting ganhasse. De preferência com Matias (e Pereirinha, e André Santos, e Carriço...e todos os mal-amados, porque são valiosos activos do Sporting) porque não tinha nada contra ele, a não ser quando se exibia abaixo do normal para os seus créditos.
Claro que queria muito que Mati fizesse os seus detractores dar o braço a torcer, porque isso seria bom para o Sporting, mas infelizmente os outros levaram quase sempre "vantagem".
É que apesar de poderem relembrar o livre de Manchester, alguns golos de penalti, o tal outro golo na Liga Europa do ano anterior que ainda ninguém sabe se tropeçou na bola ou tentou fazer uma habilidade, e mais uns jogos de alto nível, o certo é que a regra exibicional foi média-baixa.
A fraca condição física foi sempre apontada como um dos problemas para a sua explosão enquanto figura de relevo, e as cíclicas pequenas lesões quase que serviam de justificação para estar sempre em fase de recuperação, e deste modo era natural vê-lo sair por volta dos 70 minutos, um pouco à la Pedro Barbosa na fase final da sua carreira.
Só à laia de exemplo, Matias foi substituído em 2/3 dos jogos na última época em que foi titular, e essa substituição ocorreu, em média, aos 62 minutos desses 18 jogos.
Serve somente como ponto de referência.
Claro que a conversa muda de figura quando falamos dos valores por que irá ser transaccionado, de acordo com o que tem vindo a público.
Os 4 ou 4,5 milhões de euros que se fala parecem efectivamente pouco, tal como a muitos nos pareceu insuficiente os 3,5 de João Pereira mas, se olharmos para o mercado actual e para o facto do jogador não se ter valorizado com a nossa camisola, então estará perfeitamente justificado o valor.
Quando o Sporting o foi buscar por pouco mais de 3,5 achou-se um valor justo, mas quando se tratar de vender por preços similares acha-se pouco.
É óbvio que queremos valorizar o que é nosso mas, pela minha parte tento achar esse ponto de equilíbrio.

No entanto, essa noção do real valor do jogador muda de figura se entrarmos nas sempre pertinentes comparações, quer com outras transacções leoninas quer com jogadores de outros quadrantes, e nesse exercício acaba por vir sempre à memória os negócios do Costa.
É que por esse valor que se fala, consegue o Costa vender as ceroulas do Rolando, mas tal deve acontecer por terem a perna alta.
Sabe-se que o Costa tem outro poder negocial, e quando tem garantias que vai vender, renova o contrato ao jogador para poder negociar sem constrangimentos. Foi assim com Falcão o ano passado, e acabou por vender por 40 o que arriscava vender por 30.
No Sporting, sabe-se que há vários factores que condicionam as vendas de jogadores, começando pela pouca visibilidade que eles têm em virtude do clube não ser um crónico vencedor, terminando nas depauperadas finanças, que obrigam a ceder às exigências dos negociadores que estão ao corrente deste estado.
Esta crónica não irá mudar mesmo que a transferência não se concretize mas, analisando friamente os prós e contras (alguns deles nem referidos) parece-me que o fim deste casamento tem toda a lógica que aconteça nesta altura, mesmo que haja sempre alguma melancolia quando vemos alguns atletas partirem... e Matias parece ser um bom rapaz.
É pena também porque o blogue irá perder os seus visitantes chilenos!!









quarta-feira, 25 de julho de 2012

0-0, 0-0...mas lá troxeram o caneco


O Sporting venceu o 1º troféu Pepe Super Cup mas continua sem deslumbrar.
Mais uma vez perante equipas do 2º escalão, a equipa leonina faz a sua obrigação, que é ter a bola e tentar vencer, mas os problemas continuam na hora do remate...do último ou penúltimo passe.
Não tive oportunidade de seguir o 1º jogo, contra o Atlético, mas as incidências do jogo que estavam a ser publicadas apontavam também para uma equipa dominadora mas com raras ocasiões de golo.
Empate a zero e vitória nos penaltis (5-4) foi o saldo final.
No jogo contra o Belenenses, que foi possível seguir através da emissão online da Bola Tv (lá vislumbrei algo de positivo no jornal de símbolo vermelho), a equipa azul cedo deu a entender (muito cedo, aliás) que estava ali para defender o zero na sua baliza, e esta estratégia será certamente usual em muitos dos adversários com que o Sporting passa por muitas dificuldades durante a larga época.
Mesmo que a defesa não tenha sido posta à prova, e Boeck só tenha tocado na bola na sequência de atrasos dos seus colegas, não desgostei do "à vontade " de Boularhouz e Rojo na circulação de bola e na resolução das poucas investidas adversárias por terrenos mais avançados.
Cedric tem quase o mesmo ímpeto ofensivo de João Pereira e Prajnic tem um toque de bola que não engana, apesar de achar castrador colocá-lo a lateral esquerdo.
O meio campo cumpriu, sem destoar, mas este sector intermediário que é preponderante na criação de lances de perigo, bem como no equilíbrio defensivo, está a cumprir mais na segunda vertente do jogo.
Ganhou a quase totalidade das bolas divididas, gerou uma superioridade gritante na posse de bola mas, à posteriori, não conseguem transformar esta percentagem em ocasiões flagrantes de golo.
No jogo contra o Belenenses ainda foi possível contabilizar 3 ou 4 mas isso não parece ser suficiente para vencer jogos. Claro está que os jogos que tivemos oportunidade de ver não são comparáveis, e depois do fraquíssimo jogo (e derrota) contra o Charlton, tivemos uma vitória clara mas sem deslumbrar contra o Sheffiled e agora mais dois empates, mesmo que com o tempo de jogo reduzido para metade. Em três dos quatro jogos, terminámos a zero.
Também (me) continua a saltar à evidência que Capel e Carrillo têm tanto de capacidade de drible como de complicar o jogo ofensivo. É uma pena que não ponham essas capacidades ao serviço da equipa somente nas imediações da área, e que emperrem a circulação de bola que pode provocar perigosas jogadas de ataque.
Numa época onde o futebol espanhol dá cartas, onde o tiki-taka é rei e senhor, onde conseguimos ouvir os técnicos das selecções jovens...até aos dos mais velhos campeões do mundo gritar para com os seus pupilos..."TOCA, TOCA, TOCA!!!",  que em português quer dizer  "toca, toca, toca..." continuamos a ver alguns atletas com condições excepcionais tentar sobressair da maneira mais complicada. Queria muito que fossem corrigidas ou aprimoradas as mecanizações que irão fazer do Sporting uma equipa mais perigosa e eficaz, mas tenho dúvidas que alguns se afastem de uma característica que está incrustada no seu ADN.
Já sei que temos algum tempo de atraso na preparação, comparativamente ao rival que nos últimos anos é o ponto de referência e o grande candidato às competições nacionais mas, convém reparar no seu contínuo hábito vencedor, seja no primeiro jogo da época... com poucas ou muitas cargas físicas, seja um adversário de maior ou menor valia.
Não temos motivos para desmotivar, para desacreditar, mas é imperioso que a equipa ganhe...sempre. 
É que não pode ser de outro modo, quando se leva um leão ao peito.

Sporting - Belenenses (directo) Pepe Super Cup

Depois de um empate a zero contra o Atlético, o Sporting prepara-se para jogar os segundos 45 minutos no Pepe Super Cup.

Para ver online, clicando no seguinte link

Futebol à moda antiga


Remonta já à época 1976/77 o último confronto oficial entre o Sporting C.P. e o Atlético C.P., e esse mesmo ano foi também o último que juntou os 3 clubes que hoje se defrontam da Pepe Super Cup, na competição máxima nacional.
Os jogos de hoje para esta competição fazem-nos recuar no tempo e irão fazer reviver estes duelos clássicos nacionais, bem como do também  saudoso Campeonato de Lisboa mas, convenhamos, eu prefiro que o Sporting se mantenha na vanguarda do futebol português, apesar de muitos lhe apregoarem um futuro idêntico ao clube do Restelo e outros tristemente quase caídos no esquecimento.
O programa para o torneio tem previstos três jogos de 45 minutos mas, infelizmente, desta vez não haverá acesso a imagens televisivas dos encontros.
Dado que este torneio de homenagem ao jogador do Belenenses tem carácter histórico, ao menos poderíamos ter sido brindados com o relato na "telefonia", de modo a mantermo-nos informados das incidências dos jogos, bem como sentir o verdadeiro ambiente do futebol à moda antiga.
À falta destes ingredientes, teremos que nos contentar com um qualquer site que nos manterá informados, mas sem as especiarias que dão sabor ao futebol, quando este se desenrola a uma distância considerável.
Programa:
19h10 - Belenenses - Atlético

20h10 - Atlético - Sporting



11 do Sporting: Rui Patrício, Bruno Pereirinha, Daniel Carriço, Ricardo Esgaio, Xandão, Insúa, Adrien Silva, Gelson Fernandes, Schaars; Wilson Eduardo e Diego Rubio.

21h10 - Belenenses - Sporting


11 do Sporting:Marcelo Boeck; Cédric, Boulahrouz, Rojo e Pranjic; André Martins, Elias e Schaars; Carrillo, Van Wolfswinkel e Capel.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Solta o contabilista que há em ti


Os adeptos do Sporting, provavelmente à imagem de quase todos os outros, são cada vez mais sensíveis à generalidade dos assuntos que gravitam à volta do clube.
A crise económica que assola a maioria dos portugueses de um modo muito profundo, talvez ajude a perceber a cada vez maior preocupação dos adeptos no que diz respeito aos vencimentos dos jogadores, equipa técnica ou dirigentes, às mais valias geradas pelas vendas de jogadores, as comissões pagas a intermediários, os custos com as infraestruturas, com as modalidades amadoras, as contas da água e da electricidade ou até com os encargos com os atletas que não entram nas contas dos treinadores.
Mesmo que pudesse haver um ou outro adepto que tivesse este desassossego nos tempos em que o Sporting possuía dezenas de jogadores emprestados, com grandes encargos inerentes a esta prática, ou em que tínhamos uma miríade de modalidades amadoras com grande impacto nas contas do clube, bem assim como noutras actividades de gestão do clube, o certo é que não havia esta psicose colectiva com a contabilidade.
Isto devemo-lo ao Lehman Brothers, a Sócrates, a Passos Coelho, à Troika, ao FMI, ao Banco Central Europeu, à Grécia, à crise da dívida soberana, à crise do Euro... ou à crise da meia idade. 
O certo é que passámos a olhar para o Sporting com um olho no leão, e outro no cifrão!!
Assim, para lá de pensarmos que Moutinho pode e deve ser vendido para (alegadamente) enfraquecer o adversário, queremos muito que assim seja para conseguirmos angariar os 25% das mais valias da fatia que nos toca, acima dos 11 milhões de euros.
Queremos também saber todos os detalhes técnicos e económicos do contrato com a Câmara de Odivelas, para cedência dos espaços desportivos.
Discutimos estas matérias com a mesma eloquência com que debatemos o Orçamento Geral do Estado ou os contratos celebrados com as Parcerias Público-Privadas. 
Até há pouco tempo ficávamos ofendidos, quase furibundos...quando um atleta acabado de chegar, ainda com um pé no avião e outro no cais, dizia que o Sporting era uma ponte para jogar num campeonato mais competitivo.
Agora, ainda a tinta do contrato de um novo jogador não secou e já os adeptos fazem contas para o lucro (ou prejuízo) que esse mesmo jogador vai gerar.
Os espaços públicos de discussão da causa leonina quase se tornaram  gabinetes de contabilidade, e para o fazer não basta o cartão de sócio ou a bandeira do clube, pois torna-se indispensável a calculadora, não importa a marca ou a cor.
É esta preocupação diária que norteia muitas das conversas e crónicas alusivas ao clube pelo que é natural que, nos dias que correm, mais do que a chegada do avançado nos preocupemos com os encargos relativos aos descartáveis do plantel.
Depois dos responsáveis terem conseguido "despachar" Ribas, Evaldo, André Martins e Polga restam as dores de cabeça  Luis Aguiar, Alberto Rodriguez, Bojinov e Pongolle, já para não falar do Rendimento Social de Inserção pago mensalmente a Domingos Paciência.
Todos os dias folheio os jornais com uma ânsia desmedida, à espera de notícias animadoras relativamente a estes erros de casting, mas para lá do interesse do San Lorenzo em Aguiar o máximo que tenho lido tem sido...Levski interessado em Bojinov, CSKA de Sofia interessado em Bojinov,  Bojinov interessa ao Catania, ingleses, alemães e ucranianos de olho em Bojinov mas, das palavras aos actos, népias.
Pongolle, esse, parece ter sido raptado por extra-terrestres há anos pois ninguém se lembra dele, nem para usar nos sempre atraentes classificados do Correio da Manhã.
Estes processos em standby deixam o adepto-contabilista num estado semi-neurótico e os responsáveis leoninos têm que ter em atenção que estes potenciais clientes da Gamebox podem boicotar a sua compra e, deste modo, começarmos todos de novo a fazer contas a mais este contratempo financeiro.
 Edit: Já depois desta crónica estar publicada, surge o comunicado na página do Sporting a informar que a entidade chegou a acordo com Alberto Rodriguez para a rescisão do contrato, tendo este assinado pelo Rio Ave. Menos um para fazer contas. Hoje já durmo melhor.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Credores


Hoje ficou-se a saber que o Sporting vai ter de pagar 300 mil euros pela aquisição de Labyad, que dizem respeito aos direitos de formação do jogador.
O diretor técnico do PSV revelou ao «Voetbal International» que o clube de Eindhoven chegou a um acordo verbal com o Sporting para terminar o diferendo que opunha os clubes, depois do Sporting ter apresentado o jogador, adquirido a custo zero.
Marcel Brands disse que "Estávamos prontos para iniciar um processo legal, mas não tínhamos garantias de que fossemos ganhar. A FIFA poderia decidir a favor do jogador. Temos agora um acordo verbal com o Sporting, que será colocado por escrito. Esperamos que até final da semana tudo esteja finalizado".
Pois bem, o PSV não tinha a certeza de ganhar, e pelos vistos o Sporting também não, pelo que acede a "perder" a verba acordada mas com a perspectiva de poder recuperar esse investimento, a médio prazo, com larga margem.
Além disso, mantém as relações normalizadas com o clube holandês, o que também não me parece um mau investimento.
Mesmo que ainda não tenha tido conhecimento da confirmação deste acordo por parte do Sporting, não me parece descabido nem duvido muito da sua veracidade.
Por outro lado, também ficámos hoje a saber que o Benfica se prepara para ficar como credor do Sporting, caso o clube encarnado empreste o jogador Jara ao Velez Sarsfield.
Pelo empréstimo, os argentinos deveriam pagar uma determinada verba, mas como alegam que ainda não receberam valor idêntico das letras do pagamento de Torsiglieri, defesa contratado pelo Sporting ao clube argentino em 2010 , ficaria o Benfica com a tarefa de tentar receber o valor em dívida.
Tal como na notícia anterior, poderia dar alguma credibilidade ao noticiado... não tivesse esta a origem no ícone da credibilidade, de seu nome Correio da Manhã.
Ou seja, no campo das suposições, se eu tivesse comprado um frigorífico por 350 euros mas ainda tivesse uma dívida de 70 e um vendedor de pneus quisesse colocar no carro do homem dos electrodomésticos um pneu recauchutado por causa de um furo, cujo valor era de 70 euros, o lógico então era  vir o gajo dos pneus a minha casa tentar cobrar a dívida depois de montar o pneu ao gajo dos frigoríficos??
Ok, admito, mas antes disso queria que o gajo dos pneus me indemnizasse porque tem uns tijolos na oficina dele ...que eu tinha vendido a uns franceses por 450 euros e que nunca me foram pagos.
Já sei que diz que ardeu a oficina dele na última vez que lá fui, e que pede 50 euros, mas posso descontar isso do valor dos tijolos se, como contrapartida,  ficar com um peru aleijado como brinde, que me foi oferecido pelo dono de um talho de Braga.






Urge valorizar...a equipa


Depois da tempestade, dizem, vem a bonança. 
Ontem, já grande parte dos sportinguistas tinha a arma carregada para disparar em todos os sentidos, caso a coisa tivesse dado para o torto.
Parece que não foi necessário usá-la, mesmo que ainda se tenha ouvido o rebentar de uns fulminantes.
Apesar dos sportinguistas estarem relativamente habituados a lidar com a derrota, o facto é que felizmente não aprendem a conviver com ela e, após qualquer jogo menos conseguido, gera-se um clima de pré-guerra civil.
O jogo contra o Charlton foi, efectivamente, um péssimo cartaz para a equipa e até para o clube, pois não há pré-época, cansaço, relva ou falta de entrosamento que justifiquem... não a derrota, mas um jogo tão mauzinho na sua globalidade.
O jogo contra o Sheffield Wednesday, passados poucos dias, trouxe uma vitória incontestável mas sem deslumbrar, graças também às limitações do adversário, mas uma melhoria generalizada em todos os parâmetros do jogo perante outra equipa inglesa do segundo escalão. No entanto, no capítulo ofensivo, a produção de jogadas de perigo foi mais uma vez quase inexistente, mas valeu a alta eficácia de concretização, pois aproveitámos duas das pouquíssimas ocasiões de golo para tirar uma carga acrescida aos jogadores, equipa técnica e, porque não, aos seus adeptos.
Apesar destes jogos serem, de um modo unânime, considerados de pouca importância, mesmo que os clubes grandes tenham sobre si os olhos dos adeptos, rivais e comunicação social, o facto é que a responsabilidade é sempre grande e o próprio Sá Pinto veio dizer que “Este é um resultado importante para nós, porque jogamos sempre para ganhar".
Esta declaração tem a conotação normal, num clube (que se quer) vencedor, mas denota que o jogo contra o Charlton podia deixar mossa, pois também não me parece muito normal vir dar-se esta relevância a um jogo de pré-época, com um adversário de segunda apanha.
O certo é que, mais golo menos golo, contra quem quer que seja, a vitória voltou a acontecer e, principalmente, a exibição deixou os adeptos mais descansados porque, agora sim, podem alegar que mesmo com as cargas físicas e todos os outros entraves, a lógica prevaleceu dada a qualidade intrínseca dos seus intervenientes.
Salta também à evidência que Sá Pinto tem, de facto, uma grande variedade de opções para todas as posições...menos uma.
Urge o ponta-de-lança e, de preferência, um que seja mesmo alternativa a Wolfswinkel. É óbvio que temos que lhe reconhecer os méritos mas...não me preocupo só com a sua evolução nem com os minutos de jogo que possa usufruir. Penso sim que precisa urgentemente de alguém com quem possa competir, que lhe roube o lugar, que o substitua quando a sua forma não é a melhor, quando eventualmente se possa lesionar ou ter um castigo, quando esteja com o período ou desanimado.
Mais do que o bem-estar de Ricky e da sua valorização, quero que o Sporting esteja cada dia mais forte.
Por isso, para bem do Sporting, avançado precisa-se!!! 
 

domingo, 22 de julho de 2012

Sporting - Sheffield Wednesday (directo)


Daqui a pouco  o Sporting volta a realizar um jogo de preparação, que coincide com a atribuição do troféu Summer Cup de Albufeira.
Depois do decepcionante jogo contra o Charlton, a equipa leonina volta a encontrar um adversário inglês que, curiosamente, também subiu ao Championship (2º divisão) com o adversário que nos derrotou em Lepe.
O jogo contra o Sheffield Wednesday vem matar a curiosidade dos que vagueiam entre a possibilidade do jogo anterior ter sido um perigoso pronúncio ou que estes jogos são só para desenferrujar as articulações.
Resta saber em que condições iremos jogar, pois como é sabido Sá Pinto mostrou-se desagradado com o facto do jogo anterior ter sido disputado com a relva demasiado alta.
Estas condicionantes são sempre nefastas na preparação das equipas, e espero que Albufeira tenha a relva na medida certa, bem como o vento sopre a uma velocidade aceitável, o calor não seja elevado, o fumo dos incêndios já se tenha dissipado mas, essencialmente, que o cansaço acumulado desta fase de pré-época não limite quem gosta de ver o Sporting praticar bom futebol, em qualquer altura do ano e contra qualquer adversário.
Curiosidade também em ver algo mais dos reforços e das caras novas que chegaram recentemente ao plantel, para aferir (mesmo que superficialmente) se poderão ser potenciais candidatos a titulares ou se, pelo contrário, irão lutar por um lugar ...à sombra.
A seguir com atenção, a partir das 20.30 horas, na SportTv1 ou num dos links que a seguir disponibilizamos.



Voltar à casa de partida


Eu queria muito ter falado de Rodriguez, pela última vez esta época, naquela noite em que descobri num site espanhol que Sporting e Corunha tinham acordo total para o empréstimo do jogador.
Depois de soarem as sirenes de alarme a avisar que o peruano tinha chumbado nos exames médicos, agora caiu mesmo a bomba, e Rodriguez retorna ao Sporting. 
Apesar da certeza do regresso, os jornais desportivos não são unânimes, e enquanto o Record diz que há falta de entendimento entre os clubes, mas o Depor assegura que Rodríguez "está apto para a prática do futebol profissional" já A Bola diz que, segundo o Corunha, não haverá acordo entre os dois clubes para a cedência do peruano, uma decisão que foi tomada depois de analisados os resultados dos exames médicos habituais e porque "o jogador está ainda em fase de recuperação de uma lesão sofrida na sua selecção, quando o relatório enviado pelo Sporting dava o futebolista como apto para a prática futebolística".
Parece que até as informações veiculadas aos jornais são diferentes ou, então, são interpretadas de maneira diferente, por alguma falta de jeito para a língua espanhola, ou porque dá jeito não perceber. 
Talvez por terem contado com o ovo no cu da galinha, os responsáveis leoninos logo trataram de encontrar substitutos para o jogador contratado ao Braga, bem como ao capitão Polga, pelo que o engarrafamento naquela  zona do terreno é, actualmente, caótico.
Temos 6 centrais no plantel, outros tantos na equipa B, e agora reaparece El Mudo, com o seu sorriso infantil mas com um ordenado de gente crescida.
Se o homem até prescindisse do vencimento enquanto está lesionado, como alguns fizeram, pois por mim até podia ficar em banho-maria de modo a recauchutar as mazelas o tempo suficiente para o despachar, mas ele não deve ir na cantiga.
Eu sei que vender gato por lebre é pouco ético mas, se pensarmos que o Braga nos fez o mesmo, ou o Barcelona nos cedeu Jeffren carcomido pelas lesões, então o caso muda de figura.
Caso ainda se consiga arranjar algum clube distraído, que não esteja a par das notícias e pretenda ficar com o jogador, pode-se sempre contratar uma frota de camiões para enviar o dossier clínico de Rodriguez, e anexar as ecografias tratadas com Photoshop, de modo a camuflar as crónicas lesões. 
Pior será quando tiver de se apresentar pessoalmente, e o aconselhado será que evite ir de ambulância, para não dar nas vistas.
Vendo bem as coisas, se Mantorras jogou ao pé coxinho durante 4 ou 5 anos, porque raio não querem este que até tem as duas pernas do mesmo tamanho??!!

sábado, 21 de julho de 2012

Questão central


Numa altura em que as atenções dos sportinguistas passam a focar-se (no que toca a contratações) na chegada do ponta-de-lança, muitas dúvidas continuam a centrar-se no eterno problema da defesa sportinguista, corporizada pelo sempre débil sector central.
É sabido que os ataques ganham jogos mas as defesas ganham campeonatos e, apesar de toda a equipa (dever) participar no processo defensivo, os centrais são quase sempre os mais visados pela (in)eficácia defensiva.
Salvo raras excepções, a equipa que se sagra campeã é também aquela que se apresenta, no final do campeonato, com a defesa menos batida.
O Sporting, como é sabido, só venceu dois campeonatos nos últimos 12 nos, e na vitória da época 1999/00, para confirmar a regra, sofreu 22 golos e tornou-se também na defesa menos batida, onde se destacavam André Cruz e Facundo Quiroga.
Daí para cá, somente na época 2006/07, época de ouro de Polga, muito bem acompanhado por Tonel, sofreram apenas 15 golos mas viram o campeonato fugir por 1 singelo ponto, por entre as mãos do avançado Ronny, do Paços de Ferreira,  e da momentânea miopia do árbitro João Ferreira.
Talvez o facto de só por essa vez a defesa do Sporting ter sido a menos batida do campeonato, neste lapso de tempo, seja um sintoma de há anos não possuirmos um central de referência. Essa posição está a eternizar-se como o elo mais fraco, apesar das dificuldades que também temos para marcar golos e ameaçar tornar-se num outro flagelo para os adeptos leoninos.
Olhando só para as últimas 7 épocas, de modo aos mais novos não se sentirem marginalizados, podemos constatar que houve uma roda-viva de entradas e saídas nessa posição, com especial incidência nos dois últimos anos.
Se olharmos para a época 2005/06, contávamos com Polga (o eterno), Tonel, Beto, Caneira e Hugo. A época seguinte, a já referida e bem sucedida a nível defensivo, manteve-se a estrutura com a inclusão temporária de Moisés, mas este acabaria por nem jogar com a nossa camisola, por questões burocráticas, e Hugo iria à sua vida. Na de 07/08 chegou o careca Gladstone ( mais um que não aqueceu nem arrefeceu) e Paulo Renato fez número. Na de 08/09 apareceu Carriço, algo que entusiasmou muitos, mas o tempo veio dar razão aos mais desconfiados, enquanto Polga, Tonel e Caneira já irritavam os mais impacientes. Para a época 09/10 só apareceu Mexer, mas não mexeu com os sentimentos de ninguém.
O ano seguinte trouxe o argentino Torsigleri e Nuno André Coelho e com eles mais expectativas. Finalmente a defesa ganhava altura...e muitos acreditavam estarem estes à altura da grandeza do Sporting. No entanto, continuámos a sofrer golos de bola parada e a qualidade dos artistas não era indiscutível, como podem comprovar as acesas discussões acerca destes jogadores. 
A grande revolução, depois de quase haver petições públicas nesse sentido, aconteceu na época 2011/12, com a chegada de Rodriguez, Onyewu e Xandão, para fazer companhia a Polga e Carriço. Não há fome que não dê em fartura, só que quantidade não significou qualidade, uma vez mais.
A época que está prestes a arrancar trouxe-nos mais uma tentativa, talvez desesperada, de tentar acertar finalmente num jogador que possa liderar uma defesa nitidamente em défice.
O estilo que Sá Pinto quer impor, e que quando passou a liderar a equipa já fez notar, obriga-nos a ter centrais que saibam ter a bola, que saibam criar desequilíbrios mas, obviamente, que sejam aguerridos e efectivos a defender.
Se muitos continuam a gostar do estilo de Xandão (mais conhecido pelo Xutão, por terras de Vera Cruz), eu continuo a achá-lo útil, mas longe daquilo que o Sporting necessita.
Mais longe estará Onyewu, com um estilo mandão mas cada vez mais trapalhão. Para ilustrar a galopante trapalhice, basta recordar que no jogo contra o Charlton... abandonou o lado esquerdo da defesa, que era o seu, para invadir o lado direito e  ir atropelar o colega Nuno Reis, que se preparava para dividir uma bola aérea com o avançado inglês. 
O jovem central português, esse,  terá certamente tarefa árdua para se poder impor, dada a profusão de jogadores para essa posição.
Assim, e dado que Rodriguez é carta fora do baralho, aqui, no Corunha ou na Misericórdia, e Polga foi finalmente reformado, eis que surgem Rojo e Boularhouz para voltar a fazer-nos acreditar que os dois, ou um deles, pode ganhar o lugar numa defesa a necessitar de líder, como um faminto precisa de pão para a boca.
Rojo parece ter deixado óptimas indicações nos primeiros treinos, mas o holandês também terá credenciais suficientes para ir alternando o lugar com algum do vasto rol de centrais disponível.
A tarefa de Sá Pinto será a de gerir a dupla de centrais e trabalhá-la de forma a que denote a qualidade que fez os responsáveis pelo futebol partir para a sua contratação para que, com a colaboração da restante equipa, possa colocar de novo a eficácia defensiva no topo das prioridades, de modo a ficar mais próximo do sucesso.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Sporting B vence de novo


O Sporting venceu a Académica por 4-1, em jogo da primeira jornada do Torneio Football Summer Cup By DFN.
O onze inicial escolhido pela dupla Oceano/Dominguez foi composto por Luís Ribeiro, Santiago Arias, Eric Dier, Fabrice, Atila Thuran; Luís Almeida, José Lopes, Renato Neto; Filipe Chaby, Iuri Medeiros e Plange
Na segunda parte,  Ricardo Esgaio, João Mário, Lucas Patinho, Sunil, Yang e Tobias Figueiredo entraram para os lugares de Iuri Medeiros, Filipe Chaby, Luís Almeida, Renato Neto, Arias e José Lopes .
Ao intervalo o resultado era de 2-0, com golos do ganês Nii Plange, e na segunda parte Atila Thuran e Bruma arredondaram o resultado, para a Académica reduzir já perto do final.
Desconhecendo muitos mais pormenores do jogo, nomeadamente dos jogadores que a equipa coimbrã apresentou ou mesmo das outras incidências do encontro, posso concluir que a relva não devia estar muito alta (da qual ontem se queixou Sá Pinto) e também que as cargas da equipa B devem estar a ser inferiores, pois o resultado foi contundente.
A seguir o próximo episódio no Domingo, contra a Naval, em jogo a contar para o mesmo torneio (18.00 horas).

Influências


Hoje, pelo andar da carruagem, não vai haver apresentação, pelo que o dia será certamente mais monótono.
Ainda assim, os jornalistas devem estar com o motor do carro a trabalhar, não vá acontecer mais alguma surpresa de última hora e serem apanhados desprevenidos.
É que todos sabem que falta chegar o ponta-de-lança que, dizem os mais informados, já está referenciado e não tardará, mas até lá vai ser um desfilar de nomes e apelidos.
O dia de ontem era de alguma expectativa, tanto pela chegada de um dos prováveis titulares para o centro da defesa da época que se avizinha, como pelo jogo que iria finalmente mostrar o Sporting aos seus adeptos.
Valeu pela apresentação de Rojo, porque tal como já foi aqui referido, bem como em todos os locais onde se possa escrever meia dúzia de linhas, o jogo de pré-época não deixou saudades, e a alguns ainda deixou uma preocupação desnecessária.
Talvez graças à contratação do central argentino e a vitória moral sobre o rival da Luz, que pretendia este mesmo jogador e que foi por diversas vezes anunciado como certo no plantel rival, ajudou a digerir e encarar com relativa indiferença o enfadonho e insosso jogo que pudemos assistir.
O referido adversário não teve a vitória moral...e muitos menos a águia vitória, que decidiu migrar antecipadamente, pelo que os ecologistas (Os Verdes) devem ter sorrido de satisfação, graças à emancipação de um animal de uma espécie protegida.
Entretanto, a equipa B do Sporting, que também será motivo de grande interesse, tem mais dois jogos marcados. Hoje (sexta-feira, 20 de Julho) e domingo (22 de Julho) Sunil Chhetri e os colegas irão participar no Football Summer Cup by DFN, em Viseu, juntamente com Académica e Naval.
É curioso porque ontem, em Lepe, pareceu-me ver o jogador indiano na equipa principal, mas pode estar a fazer a ponte entre as duas equipas.
É só conferir a imagem e constatar as influências indianas no nosso plantel.
 
 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Começar do zero


Terminado que está o primeiro jogo de preparação mais a sério, o resultado negativo que marcou a partida irá servir para as primeiras quezílias sportinguistas da época.
Vão com certeza levantar-se as vozes que defendem Sá Pinto e sus muchachos quase até ao indefensável, e levantar-se-ão outras bem menos tolerantes, o que propiciará autênticas conversas de surdos.
Penso que o meio termo, como quase tudo na vida, seria a opção mais sensata, mas nem sempre estamos imbuídos desse espírito de missão.
Comecei a ver o jogo com alguma curiosidade, como sempre acontece no início de época, mesmo que no onze inicial não surgissem grandes novidades.
Rapidamente se foi esvaindo a curiosidade e, mesmo que partilhasse parte da condescendência do primeiro grupo de sportinguistas que referi, acabei por ir rebobinando o filme, porque há determinados pormenores que lembraram em demasia a época passada.
Começamos como acabámos, com uma derrota por 1-0 contra uma equipa de nível inferior, mas que apresentaram, como tantas vezes, uma vontade bem superior.
Mostrámos, como vem sendo hábito nos últimos anos, que marcar um golo será um feito de realce, pois a definição das jogadas, do último ou penúltimo passe , continuam com as dificuldades habituais.
Não sei se voltamos a começar do zero, como no ano transacto, mas acabar mais um jogo a zero, isso sim começa a ser deprimente.
Sim, sei que acabámos de começar, que estão com cargas físicas elevadas...sei da (alegada) falta de entrosamento,  como sei que equipas de qualidade passam pelos mesmos processos e não é normal ver jogos com um vazio absoluto de ideias, como as que demonstrámos hoje, como as que demonstrámos em inúmeros jogos a época passada, com Domingos e com Sá Pinto.
Recordo-me, como é óbvio, que também com ambos os treinadores passámos por momentos de elevada qualidade, mas é precisamente a falta de regularidade um dos problemas apontados à equipa que defendeu as nossas cores, no ano passado.
Também sei que para lá das evidentes limitações nos faltaram imensos jogadores que poderão dotar mais qualidade colectiva, mas quero acreditar que todos os jogadores que compõem o plantel têm qualidade e dedicação suficientes para defender os interesses do Sporting.
Apesar do decepcionante jogo, tal como disse, não quero ser demasiado contundente nem fazer juízos individuais precipitados, por isso vou evitar fazer apreciações individuais, mesmo que acredite que um par de jogadores dificilmente farão parte das escolhas habituais de Sá Pinto.
Domingo há outra dose, e todos...optimistas, pessimistas e os que se encontram no lusco-fusco, esperamos com certeza uma exibição (e resultado) que nos façam acreditar...outra vez...cada vez mais, que este ano é que é.

Sporting - Charlton (directo - live)


Tal como ocorre nestas ocasiões, e quando isso é possível, vimos disponibilizar algumas ligações para visualizar o jogo do Sporting, para o caso de não ter oportunidade de o visionar ao vivo e caso não tenha também a SportTv1, o suspeito do costume.
Assim, a partir das 20.00 horas, poderá assistir ao esperado jogo Sporting - Charlton, clicando num dos seguintes links .


 

Sporting - Charlton, 20.00 horas


O Sporting joga hoje, pelas 20.00 horas, no Estádio Municipal de Lepe, o seu segundo jogo de preparação desta pré-época, ao defrontar os ingleses do Charlton Athletic.
O embate desta noite oferece a primeira possibilidade de visionar a equipa, pois o jogo treino com o At. Cacém (11-0) foi à porta fechada e só pudemos ter acesso aos marcadores dos golos.
Já é normal o Sporting defrontar equipas inglesas nesta fase da época, mas os últimos anos têm trazido alguns amargos de boca perante adversários de menor valia.
Foi o caso da época 2009/10 quando perdemos com o Notthingam Forest por 1-0 equipa que, tal como a de hoje, iria disputar o Championship (2ª divisão).
Aliás, a equipa que hoje nos servirá de sparring subiu de divisão este ano, ao sagrar-se campeã da Division One (2ª divisão B), tal como o Sheffield Wednesday, que iremos encontrar no próximo Domingo.
Claro está que, por vezes, estes jogos não servem para aferir muita coisa...mas é sempre reconfortante ver vitórias e boas exibições, ao invés desse jogo de triste memória ou a derrota no ano anterior por 3-1, com o Sunderland, outro colosso do futebol inglês.
Apesar de já podermos contar com algumas caras e, esperemos, mentalidade novas, o mais provável é não podermos ver Patrício e Boulahrouz, recém chegados ao estágio, bem como a certa ausência de Labyad que está com a sua selecção a preparar os Jogos Olímpicos.
Diz uma publicação que Onyewu, Pranjic, Schaars, Matías, Izmailov e Carrillo também poderão ser poupados, pois não apresentam os índices físicos adequados mas de alguns, direi eu,  não me admira nada, pois é normal que se apresentem com défice físico durante a maior parte da época.
Ainda assim, será com natural curiosidade que iremos ver os regressados Adrien, Cédric, Wilson Eduardo ou Nuno Reis,o reforço Gelson, ou o saudoso Rinaudo, bem como aferir com está a dentição de Jeffren.
Poderá haver também alguma curiosidade em saber se veremos, pela primeira vez, o Sporting a actuar de laranja, logo numa terra onde esse fruto também tem alguma tradição.
Certamente o Sporting contará com algum apoio nas bancadas, pois o Algarve está a pouco mais de 20 quilómetros da localidade e conta com uma massa adepta numerosa.
Como é normal, mais tarde serão disponibilzados links para poder assistir ao jogo, que terá transmissão televisiva através da SportTv1.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Canibal está com fome de títulos


Ficou desvendado o mistério que povoou a imaginação de adeptos e jornalistas desde que o Sporting comunicou a apresentação de um jogador para o plantel profissional, até ao aparecimento público de Khalid Boulahrouz.
O jogador holandês de origem marroquino (mais um, depois de Labyad) poderá vir colmatar algumas lacunas, mas também poderá ser mais um enorme ponto de interrogação, dado o seu percurso algo sinuoso.
Penso que a maioria dos adeptos, nos quais me incluo, devem recordar-se quase exclusivamente do jogador  pela famosa "Batalha de Nuremberga", nome por que ficou conhecido o jogo entre Portugal e Holanda (Mundial 2006) onde foram mostrados 16 cartões amarelos e 4 vermelhos.
Nesse jogo Boulahoruz deu-se a conhecer, e foi quem lançou as bases do jogo, ao lesionar Ronaldo com uma entrada que, aliás, já tinha sido prometida pela equipa holandesa.
O que me interessa, neste momento, é que o o hematoma de CR7 já desapareceu e eu quero é que Khalid defenda o Sporting com unhas, dentes e o que seja necessário.
A larga experiência do jogador está sustentada, principalmente, nos largos anos de Bundesliga, onde representou  Hamburgo e Estugarda. Também teve meteóricas passagens por Sevilha (6 jogos realizados - 4 derrotas) e Chelsea, mas começou a carreira no modesto RKC Waalwijk, equipa com pouca projecção, do meio da tabela do campeonato holandês.
No entanto, é na mediática selecção holandesa onde mais sobressaiu, dada a qualidade colectiva da equipa e por ser, geneticamente, uma selecção sempre com grandes ambições.
Apesar disso, na laranja mecânica e seus derivados, geralmente quem tem direito às luzes da ribalta ocupa posições mais avançadas, ali...do meio campo para a frente, e os defesas holandeses, na sua generalidade, até são reconhecidos pela sua inferior qualidade, quando comparados com a restante equipa.
Contudo, esta incapacidade defensiva tem mais a ver com o modo como os seleccionadores holandeses montam as suas equipas (mais preocupados em conciliar os imensos jogadores de propensão ofensiva...e menor capacidade defensiva) do que com a qualidade dos seus actores secundários.
No recente Europeu também fez parte da convocatória, na selecção que constituiu a grande decepção da prova, ao averbar 3 derrotas noutros tantos jogos, mas o polivalente jogador não jogou um único minuto. 
O Canibal, como é conhecido, tanto poderá jogar a central como poderá jogar na lateral direita (talvez assim se "justifique" a passagem de Arias para a equipa B) mas poderá voltar a inclinar um campo que, com a saída de João Pereira, esteve pouco tempo equilibrado. É que com o lateral transferido para o Valência em campo, o Sporting iniciava o jogo praticamente com um amarelo garantido. Agora, com o defesa holandês, voltamos a garantir que os árbitros têm ali um foco de embirração.
Nas primeiras declarações disse que está com fome de títulos mas, com o currículo dele, qualquer um estaria. É que, a fazer fé num site que consultei, o homem só ganhou uma FA Cup, em Inglaterra. O ronco do seu estômago deve poder ser ouvido a quilómetros de distância.
Tendo em conta as mais recentes entradas, mesmo que subsistissem muitas dúvidas relativamente às evidentes lacunas no sector mais recuado, sobram agora algumas interrogações quanto a alguns dos investimentos da época passada.
Se a lateral direita poderá ser disputada entre Cédric, Pereirinha e o próprio Boulahrouz, o centro da defesa terá este último galo em luta com Onyewu, Xandão, Carriço e o provável Rojo. A lateral esquerda ficará entregue a Ínsua ou a interrogação Rojo, a não ser que o mais recente boato (Ziegler) apareça do nada, significando que os responsáveis leoninos poderão estar (mesmo) a tentar livrar-se do ordenado do defesa esquerdo argentino.
Esta e outras dúvidas irão ser esclarecidas ou alimentadas nos próximos dias, num quiosque perto de si.