domingo, 28 de abril de 2013

Incompetentes ao poder

O tema do dia é, sem dúvida, o jogo entre o Sporting e o Nacional, porque as nossas preocupações devem centrar-se no que se pratica no terreno de jogo, seja ele futebol ou qualquer outra modalidade onde se vista verde e branco.
No entanto, há um tema que também fará a agenda onde se fala e respira Sporting.
Refiro-me, evidentemente, às mais recentes declarações de Bruno de Carvalho.
Disse o presidente:
"Acho que se está a falar demais de alguém que não merece que se fale tanto. O Sporting reclamou, eu já disse o que tinha a dizer, o professor Jesualdo também, e já é tempo de antena mais do que suficiente para alguém que não esteve à altura de um espectáculo desportivo. Os presidentes, então este, adoravam não falar das arbitragens mas é preciso que as arbitragens não influenciem o trabalho que as pessoas andam a fazer. O que acontece a um árbitro quando erra? Às vezes nada. Não arbitra um ou dois jogos. No Sporting estão acumulados 500 milhões de euros de dívida, alguns do quais relacionados com erros de arbitragem. É essa hipocrisia que não deixarei passar mais. Não quero que os árbitros continuem a prejudicar o Sporting".
 
 
Estou em crer que num piscar de olhos saltarão imensas críticas dirigidas ao presidente, muitas delas da instável massa adepta leonina.
Enquanto nos rivais a voz do líder é tida como verdade absoluta, mesmo que a maioria das vezes seja debitado um chorrilho de baboseiras, no Sporting há a vontade compulsiva de criticar e questionar.
Apesar da minha ser só mais uma opinião, o facto é que as declarações de Bruno de Carvalho estão na linha do que tenho apontado de forma recorrente, e já o disse em publicações anteriores que foi esta a principal questão que coloquei directamente a Jaime Soares (presidente da MAG), aquando da sua visita ao Núcleo de Brasfemes em campanha eleitoral.
É evidente que os prejuízos de uma má arbitragem não se confinam a uns pontos na classificação. Têm obviamente repercussões muito mais gravosas e, inclusivamente, de muito difícil contabilização.
Se o facto de não irmos à Champions, por exemplo, tem uma contabilidade simples, a desvalorização dos jogadores e os negócios ruinosos à volta deles já são muito mais difíceis de calcular, e esta bola de neve tem vindo a rolar encosta abaixo há muitos anos.
Atenção que refiro a Champions como mero exemplo, e nem sequer me reporto à época em curso, em que estamos a pagar pela péssima planificação (mesmo que algumas arbitragens nos tenham empurrado ainda mais para o fundo), mas convém desempoeirar a memória e recordar que arbitragens à Capela já nos desviaram de objectivos em anos anteriores, de modo metódico e persecutório.
Claro está que esta arbitragem poderá ser emoldurada, junto à da Taça Lucílio, mas quem tiver o RTP Memória poderá recauchutar e reavivar o que tem sido a nossa realidade nos últimos 30 anos.
Claro está que, quando se fala na enormidade da dívida, as culpas não podem ser (nem foram) atribuídas na totalidade a alguns membros dessa classe, mas a verdade é que, mesmo que tarde e a más horas, os responsáveis pelo periclitante estado financeiro do clube foram afastados.
A esses, felizmente, podemos dar um destino se forem incompetentes.
Ao senhores da arbitragem, infelizmente, mesmo provando a sua incompetência não o podemos fazer...com a agravante de ainda se virem rir na nossa cara, passado pouco tempo, depois de nos fazerem perder (directa ou indirectamente) alguns milhões...prestígio...auto-estima...paciência.

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