segunda-feira, 27 de maio de 2013

Fantasmas

Numa tarde/noite em que os fantasmas e a crença de que os demónios existem assola a alma de muitos benfiquistas, também alguns fantasmas voltaram a assolar-me.
Ao surfar pela net, é impossível não dar de caras com as imagens da festa do Jamor, particularmente com o semblante carregado de alguns adeptos nos sectores encarnados.
Entre eles, contavam-se nitidamente o ex-árbitro Paulo Paraty e menos explicitamente o ex-presidente da APAF, Vítor Reis (a acreditar nos entendidos).


 
Recordar-me do fantasma Paraty é reviver mil e um pesadelos que nos fez passar.
Basta recuar ao jogo do título de 2005, do tristemente célebre golo de cabeça de Luisão onde muitos viram falta a Ricardo, e outros tantos continuam a não o ver, passados estes anos.
Mas podia recordar vários encontros onde o arrogante árbitro quase sempre nos fez duvidar da sua capacidade, ou isenção.
Entre muitos outros, Paraty voltou a atacar num dérbi e os responsáveis leoninos não calaram a indignação.

 

Depois de abandonar a arbitragem ainda teve tempo para continuar o ataque ao Sporting, e estão registadas algumas declarações públicas acerca desse jogo de 2005, na Luz, onde as insinuações e comparações são de baixo nível e impróprias para o cargo que desempenhou.
No entanto, não foi só na defesa do Benfica que se destacou.
Basta recordar uma notícia relativa à época de 2004 para podermos verificar que o seu nome já merecia muitas dúvidas. 
Seriam certezas se o nosso sistema judicial não tivesse fechado os olhos a muitas evidências.


Já quanto a Vítor Reis, rezam as crónicas que também será um inveterado benfiquista, mas ao pesquisar a sua passagem pela APAF deparo-me com uma intransigência no mínimo curiosa.


É que quando o Sporting se sagrou campeão, naqueles anos de viragem do milénio, dá-me a sensação que ainda vigorava o incómodo sorteio, mesmo que condicionado.
No entanto, nos tempos que correm seria difícil fazer melhor, mesmo com sorteio. É que o quadro de árbitros é  de tal forma mau e pintado a duas cores que por muitas voltas que dessem às bolas ficaríamos sempre agarrados às bolas.




4 comentários:

  1. Na minha vizinhança há uma Casa do Benfica há alguns anos. Nos últimos meses a frequência e a animação alcoólica atingiram o auge, a ponto de algumas vezes ter mesmo posto em causa o sossego e a tolerância dos vizinhos, ao ponto de no dia 28 de Abril ter sido mesmo necessário chamar a polícia para acalmar o entusiasmo.
    Estranhamente, a última semana foi sossegadíssima. Estiveram lá em peso na tarde do dia 19 e na noite da final de Amesterdam, mas sairam de fininho, barulho normal de conversas como as pessoas civilizadas, alguns bater de portas dos carros e nada mais...
    Ontem, depois do almoço, a Casa voltou a animar como nos grandes dias da imparável animação... Primeiro, chegou um furgão a descarregar grades de garrafas e caixas de cartão, umas a dizer Caves de tal, outras, duas pelo menos, daquelas compridas que se usam muito lá para os lados da Bairrada...Depois, eles foram chegando ruidosos, animados, enfeitados de vermelho, uma enchente e uma alegria esfusiantes, a euforia dos grandes momentos!...
    Vibraram ruidosamente uma vez por cima da vozearia geral, celebraram eufóricos o principio da grande vitória... Depois, lentamente foi-se apagando a vozearia, foram-se deixando de ouvir cada vez mais, apenas um ou outro palavrão mais incendiado... E, de repente, o clamor foi subindo de tom, o bruá barulhento e indistinto tinha agora uma vaga de fundo de impropérios a tudo e a todos, o melhor treinador do mundo tinha passado a ser uma besta quadrada que não percebia nada daquilo, o melhor guarda-redes do mundo e arredores via-se agora transformado num frangueiro insuportável, o árbitro era agora mais um agente implacável ao serviço dos perseguidores do glorioso e apenas o grande Cardozão dividia agora a turba separada entre os que achavam que apenas ele os tinha tido no sítio e os outros que achavam que aquilo tinha sido demais...
    São assim os meus vizinhos da Casa do Benfica!... O que valeu foi que cinco minutos depois da explosão do desalento já não se viam os paramentos vermelhuscos na rua. Tão rápidos que eles foram a desandar de crista baixa...

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  2. Caro anónimo

    Fiquei impressionado com o quadro que pintou acerca da sua saga pessoal.
    Ao contrário do quadro do famoso pintor impressionista Van Gogh, "Girassóis", este poderia chamar-se "As papoilas saltitantes".
    Não atingirá os valores da obra do pintor holandês, mas poderá ser pendurado em qualquer galeria e retratará fielmente a realidade que todos conhecemos.

    Obg pelo comentário

    SL

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  3. Ando intrigado... Ainda não consegui descobrir o que aconteceu aos leitões assados. Já sei que vieram de longe, da Mealhada, para celebrar a vitória que afinal foi para os outros, mas não me consta que haja por aqui adeptos vimaranenses para terem tomado os bichos de trespasse... Se calhar, com a má catadura, na pressa de destroçar, até se esqueceram do material no frigorífico...
    Ontem à noite não apareceu ninguém. Ainda estão em choque...

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  4. Eu bem sei que eles já deviam estar assados mas, com o mau ambiente, são bichos para se irem embora pelo próprio pé.

    :)

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