segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Flacidez

Um dos melhores bens que podemos ter é a saúde.
Envelhecer com as capacidades físicas e intelectuais intactas é uma dádiva.
Não sei se a nível físico a idade já pesa a Pinto da Costa, mas acredito que poderá terá sintomas inequívocos, pois a condição humana sobrepõe-se a cargos e a poder.
Em determinadas pessoas, é possível que essa grandeza se revele de modo inversamente proporcional.
Já a nível intelectual o líder portista demonstra alguma agilidade, mesmo que também já denote que o cérebro está a ficar flácido nalgumas zonas.
A capa do jornal O Jogo revela hoje que o presidente portista mantém zonas do cérebro bem irrigadas, talvez à conta de outras. É que PdC recorda-se muito bem que Jorge Jejuns não só é reincidente em comportamentos pouco éticos como arrisca a que os castigos também o sejam.
Se, em Setembro de 2012, o  treinador encarnado foi punido com  15 dias de suspensão, a verdade é que o Conselho de Disciplina  decretou um castigo que transitara da época anterior (após um Benfica-Porto, jogado 187 dias antes) e, por ironia do destino, coincidiu com um período em que não se realizavam jogos.
Bizarras coincidências.
Assim, Pinto da Costa ironiza com esse estranho fenómeno e já se arvoa em vidente, adivinhando que lá para o Verão será uma boa altura para Jejuns voltar a cumprir um castigo.
No entanto, como no melhor pano cai a nódoa, a notável memória de PdC fez tilt, talvez por não ser o "Ás dos flippers".
É que também lá para o Verão deverá sair o castigo de Josué, que gosta de mandar uns cuspinhanços, à la Insúa.
O meu cérebro também já teve melhores dias, mas não me esqueço que a celeridade no castigo ao nosso ex-jogador foi similar a uma famosa rapidinha de um concorrente do Big Brother.
Seria justificável que, perante actos similares, os responsáveis do orgão federativo actuassem com equidade, e seria de normal coerência que o castigo tivesse não só uma moldura penal idêntica como fosse tratado com a mesma urgência.
No mínimo, à velocidade do cuspo.
Se tal não acontecer (e na passada semana já ultrapassou o tempo recorde na decisão de Insúa) é porque a justiça desportiva, também ela, pode estar a ficar flácida.




4 comentários:

  1. A verdade é que a instâncias ligadas ao futebol português, usam sempre o Sporting para servir de exemplo nos castigos aplicados...
    Pareceria à partida que o que se aplica ao Sporting serviria de jurisprudência para acções iguais ou parecidas de outros agentes desportivos...
    Puro engano..."há sempre esquecimentos"quando se trata de outros...!!

    Há para aí muita gente com graves sintomas de esquecimento incorporado aos miolos...!!

    É a vida...!!

    Saudações Leoninas...!

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    1. Não só não fazem jurisprudência como essas instâncias não revelam a mínima prudência, ao julgar casos semelhantes.
      Engraçado que, por falar em justiça, recordo-me de outro caso que enlameou uma regra do futebol , durante largos meses.
      Refiro-me ao alegado atraso a Stoikovic no Dragão(que de facto nem aconteceu, pois foi um corte em carrinho, a meio do meio campo) que resultou num livre dentro da área, num golo e numa derrota por 1-0 que cedo nos começou a atrasar no campeonato.
      O líder dos árbitros, Vítor Pereira, chegou inclusivamente a passar por cima das regras instituídas do International Board, que regulam todo o futebol , e em Portugal passou a vigorar, por indicação do visionário, que qualquer atraso deveria ser punido. As regras ditavam, e ditam, que só os atrasos intencionais devem ser sancionados, caso o GR agarre a bola.
      Pois bem, o Sporting, uma vez mais...foi a cobaia ou, simplesmente, alteraram a regra para justificar o erro que tinha acontecido, e que ditou (uma vez mais) uma derrota.
      Passadas umas semanas teve que dar o dito por não dito, pois em Portugal estava a jogar-se com regras diferentes do resto do mundo.

      De facto, é ridículo que ainda haja quem ache que as nossas queixas não têm fundamento.

      SL

      Abç

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  2. Penso que é por estas que o Paulo Bento não meteu o Cédric a jogar e até chamou o Pizzi - ele sabe que só o FCP os Lampiões se movimentam nestas águas.

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    1. Apesar do intenso peso da formação do Sporting na selecção, não me sinto minimamente identificado com a equipa das quinas.
      Se é verdade que Scolari tb errou, ao menos havia uam profunda coesão entre equipa e adeptos.
      Havia um sentimento especial com a selecção, e era vivida com intensidade.
      Paulo Bento terá tb as suas virtudes, mas está a ajudar a arrefecer esse entusiasmo.

      Não só não me dá prazer vê-la jogar, como a renovação está a torná-la uma mediana equipa europeia, ou talvez uma equipa vulgar, a nível mundial.
      Nada que não fosse expectável, dada a fraquíssima qualidade nas equipas de formação dos últimos anos.
      Só agora parece haver uma fornada de melhor qualidade mas, até que amadureçam, podemos fazer uma pequena travessia.

      Com isto não quero dizer que deseje o insucesso da selecção, longe disso, mas já pouco me importa se vai o Pizzi ou a Pizza.

      Aliás, depois de ouvir as declarações de António Oliveira em directo, num programa desportivo...e a confirmarem-se, não devemos admirar-nos com nada do que possa acontecer.

      SL e obg pelo comentário

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