segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Passamos na mesma


Há jogadores mais influentes que outros, em plantéis mais desequilibrados que outros.

A lesão de Nani vem em péssima altura, como viria em qualquer altura da época.

A verdade é que por vezes tenho premonições e, como referi a um amigo, tinha quase a certeza que teríamos uma lesão a lamentar no Bessa, de alguém influente. Só não sabia quem seria.
O jogo contra o Boavista assumia uma importância fulcral dado o atraso na classificação, e não seria coerente que Marco Silva fizesse qualquer tipo de gestão do plantel, opinião que cheguei a ler nas redes sociais após a lesão do avançado leonino.
Este infortúnio de Nani fez-me recordar um outro que acabou por ter uma influência decisiva na época leonina, apesar do tempo de paragem ter sido incomparavelmente superior.
Na época 2011/12 o Sporting foi jogar à Roménia para defrontar o Vaslui, num jogo para cumprir calendário, pois já tinha garantido o apuramento para os 1/16 final da Liga Europa. Mesmo assim, Domingos não prescindiu do intocável e insubstituível Rinaudo, numa altura em que iriamos entrar num período de jogos complicados.
O Sporting perdeu Rinaudo e o jogo, interrompendo um ciclo de 10 vitórias consecutivas.
O argentino lesionou-se aos 12 minutos, e perderia praticamente o resto da época.
Por essa altura o Sporting ocupava o 3º lugar no campeonato, a 1 ponto dos dois primeiros, e passado algum tempo viria a perder também Domingos, pela sucessão de maus resultados subsequentes.
Passada meia dúzia de jornadas já ocupava o 5º lugar, a 13 pontos do líder, mas a caminhada na Europa e na Taça de Portugal ainda fizeram sonhar os adeptos. A ausência de Rinaudo é que nunca foi esquecida.
A grande diferença entre estes dois infortúnios tem a ver com as alternativas existentes.
Enquanto o meio campo leonino ficou órfão do 21 e os treinadores tiveram que improvisar, adaptando jogadores para aquela posição, já Marco Silva não precisará de o fazer.

A falta de Nani vai sentir-se pela sua enorme capacidade e, essencialmente, pela experiência que é capaz de transmitir aos seus colegas, mas o plantel tem soluções de qualidade.
Pensa-se que só regressará em Janeiro, o que fará com que parem de vez as especulações do seu regresso a Inglaterra, mas com essas convivíamos com mais facilidade do que com a ausência em jogos fulcrais para a época do Sporting.
                                                                                 
Espero é que a teoria de Jorge Jesus seja aplicável a este caso.
De acordo com o treinador, a qualidade de um ou dois jogadores é irrelevante.
Por isso quero acreditar que…ganhamos na mesma!!

Ou que passamos na mesma, na pior da hipóteses.

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